António Manuel Corga Reis
[20.11.57 – 24.12.08]
No momento em que se completa um ano sobre a morte do nosso jogador António Corga Reis, vem a CNXC publicar, como tributo à sua memória, dois pequenos estudos sobre a variante fechada da Espanhola, realizados por este nosso jogador quando se encontrava já bastante doente e combatia a doença que o viria a vitimar (cancro do sistema linfático - linfoma non-Hodgkin).
Radicado nos EUA há já vários anos, onde se dedicava à investigação clínica, António Corga Reis foi, desde sempre, um genuíno amante do Xadrez e um devotado amigo e colaborador da CNXC.
Pouco antes de falecer, quando se encontrava já muito debilitado, o António encontrou ainda forças para se dedicar ao estudo do Xadrez, um lenitivo nas provações da doença.
São esses dois pequenos trabalhos que aqui publicamos, tal como os recebemos da esposa deste nosso jogador. Lembramos que o carácter inacabado e um pouco avulso dos mesmos se deve, como é perfeitamente compreensível, ao contexto e condicionantes em que foram realizados.
Até sempre, António!...
A Direcção da CNXC
- Espanhola Fechada (formato CBV)
- Depoimento da esposa
Não conhecia António Corga Reis, como não conheço a grande maioria dos nossos colegas xadrezistas (por correspondência), não obstante sermos menos de 100, tendo em conta a listagem do rating.
ResponderEliminarMas registo nas palavras da sua esposa que o António foi uma pessoa que dedicou a sua vida a causas e a princípios valiosos, como por exemplo a justiça, num tempo de (excessiva) flexibilidade moral.
Imagino as dificuldades de uma vida dedicada a esses princípios, compensadas pelo afecto da esposa, da filha e dos amigos.
Imagino o sentimento de orgulho das pessoas que privavam com António Corga Reis e a mágoa que sentirão por não tê-lo perto, fisicamente.
Registo o facto de ambos termos sido pais tardios (45 anos) e lendo o poema criado a partir das frases da pequena Eva, reencontro o afecto que o meu filho Pedro Afonso (20 meses) me dedica diariamente.
À família e aos amigos manifesto as minhas condolências.
Paulo Vale
Fui colega do António Reis quando ambos tínhamos 16 anos. Foi ele que me ensinou a movimentar as peças de xadrez, que me ensinou a gostar de poesia, juntos sonhámos e lutámos por um mundo melhor e mais justo.
ResponderEliminarMas a vida dá muitas voltas e acabámos por seguir caminhos diferentes. Muitas vezes me perguntei o que seria feito dele e se alguma vez nos voltaríamos a encontrar.
Foi por acaso que aqui vim parar e tive a triste notícia da sua morte.
E quero deixar-lhe aqui a minha homenagem, pois apesar de apenas o ter conhecido enquanto jovem, nunca duvidei que seria um grande Homem, como se veio a verificar. O Mundo ficou mais pobre com o seu desaparecimento.
E é com um misto de tristeza e saudade que digo
Até sempre, António!
Helena Varela